O que eles disseram: Confira as aspas dos protagonistas dos 500 km de Endurance
“Tá difícil, vou tentar não me emocionar. Foi um trabalho em equipe. O Alan fez um grande trabalho, a gente nunca baixou a cabeça depois de começar o campeonato forte e ter um mau resultado lá em Termas, mas a gente sabia do nosso potencial aqui. A gente nunca desistiu. A gente ficou olhando para o nosso carro, para o nosso acerto durante toda a prova. O Alan fez um trabalho excelente, como de costume. E eu não podia estar mais feliz. Fechar o ano assim, com mais uma vitória aqui em Interlagos e dois campeonatos. Não poderia vir de maneira melhor. Mas, acima de tudo, aproveitar isso, porque essas coisas não vem de forma fácil. A gente passou por maus bocados depois de Termas, mas a gente reergueu a equipe, manteve o foco e hoje é resultado disso.” Miguel Paludo
“Realmente estou muito emocionado, é meu sexto título na Endurance. E ser campeão assim, no primeiro ano de parceria, não tem nem o que falar. A gente começou bem, depois acabou se perdendo um pouquinho, o Miguel fez uma reunião muito dura, se culpando das coisas que a gente não fez muito bem. Mas o resultado apareceu. Foi uma pena, a gente teve adversários muito fortes. E graças a Deus, o título tá com a gente.” Alan Hellmeister
“Foi muito especial. O Luiz começou no automobilismo neste ano e fez um trabalho fantástico, com muita dedicação. Trabalhou muito duro. Mas mesmo assim, você começar sem experiência nenhuma não é fácil. A gente não esperava ter os resultados que a gente teve na sprint e, sinceramente, a gente não esperava ganhar na geral a corrida da Endurance. É muito especial. Para mim, como coach do Luiz Souza, a gente terminar o ano dessa forma é muito especial para mim. Como piloto também… eu parei de correr profissionalmente em 2016, fiquei parado todo esse tempo, e nas últimas voltas fiquei lembrando de quando tinha sido minha última vitória: foi em 2016, em Imola, de RS01. Não imaginava que ia voltar a correr e não imaginava que ia voltar a ganhar uma corrida importante. Então, é muito bacana.” Bruno Bonifácio
“Estou muito feliz. Ainda estou meio anestesiado com o que tem acontecido neste ano, que estou iniciando no automobilismo. Não foram nem os resultados que a gente conseguiu obter, foi a campanha, com o Brunão me ensinando do zero. A gente foi cumprindo tudo o que a gente se propôs, em termos de treinos, de dedicação. A gente acabou criando uma relação maravilhosa aqui. Foi uma campanha muito bonita, a gente evoluiu a cada etapa. Nos 500 quilômetros, mais da metade do grid estava fazendo em três pilotos, tinham nomes muito fortes, muitos pilotos bons. A minha expectativa era completar a prova. Ainda não entendi o que aconteceu, foi legal demais, deu certo. Foi uma pilotagem muito gostosa, muito bonita. Estou muito feliz.” Luiz Souza
“Foi bom demais. A gente estava batendo na trave no Endurance, tivemos uma boa performance nas duas primeiras etapas, mas não conseguimos subir ao pódio por outras razões. E hoje ficamos em segundo na geral e primeiro na categoria, é muito expressivo. Foi o resultado de um ano, esse moleque aqui está acelerando demais, o Chris (Hahn) veio para somar um absurdo e o grande trabalho da nossa equipe, que montou uma baita de uma estratégia. A gente fica com uma dúvida às vezes no meio do caminho, mas ela se mostrou ser a mais eficiente. Então é agradecer ao Marcel Campos, ao Igor, ao Danilo, nosso mecânico. Agradecer ao trabalho perfeito do fim de semana. E aos dois que aceleraram muito.” Beto Gresse
“Muita emoção. Isso é total responsabilidade dele (Beto Gresse). Eu venho treinando muito o ano inteiro para chegar aqui em primeiro pela primeira vez aqui na Sport. Que no ano que vem venham muitas vitórias.” Lineu Pires
“Estou muito agradecido ao Betinho e ao Lineu terem me chamado. Estava parado há um ano já. Estou muito feliz de voltar assim, já ganhando e no pódio. Foram eles que me possibilitaram isso. Claro que fiz o que pude nos meus stints, mas não teria acontecido nada sem o trabalho do Lineu, do Betinho e o apoio do Marcel Campos, nosso engenheiro. Eu fiz o segundo stint, forcei tudo o que dava, guardei pneu para o Betinho e, nossa, ele tirou leite de pedra. Está de parabéns. Eles estavam merecendo já desde os 300 quilômetros, quando eles largaram muito bem aqui, foram para a liderança, depois acabaram caindo na corrida. Como o Betinho disse, estavam batendo na trave. Cheguei para somar, mas estou muito agradecido a eles. Que time que eu acabei entrando. Não dá para reclamar de nada, só agradecer.” Christian Hahn
“É duro terminar assim. Fizemos tudo certo o ano inteiro, todos os stints e todas as disputas. Não cometemos um único erro durante o campeonato. Estou aqui para acertar e errar, hoje foi julgado que eu errei e perdemos o campeonato por um ponto. Lutei até o fim para conquistar de volta a posição que eu precisava, mas não foi dessa vez. Hora de levantar a cabeça e ir para o próximo desafio.” Enzo Elias
“Estávamos com tudo na mão para ser campeão e esse incidente é uma coisa que acontece no automobilismo. Esse pequeno deslize nos custou o campeonato por um ponto. Parabéns para o Miguel e para a equipe pelo campeonato. Ainda salvamos um segundo lugar, é legal, mas fica um gostinho amargo.” Marçal Muller
“A corrida foi muito boa, mas agora o sentimento é de perda. Perdemos o campeonato por uma posição após um furo de pneu na última volta. A corrida foi muito boa, o ritmo era muito forte. Saímos atrás e conseguimos escalar bem. O dia estava muito quente, o carro sofreu bastante durante a prova, mesmo assim tivemos uma corrida muito legal. O Diego e o Peter andaram muito bem também e o título ficou em boas mãos.” Francisco Horta
“O Peter é um cara que nunca tinha corrido na Porsche, mas tem muita qualidade! Ele evoluiu muito rápido e me surpreendeu muito. Ganhamos a primeira corrida e um acidente na segunda nos tirou da liderança do campeonato. Tudo estava aberto, sabíamos que quem chegasse na frente ia ficar com o campeonato. Brigamos até o final, no último stint tirei 20 segundos, cheguei neles na última volta, passar o William e ser campeão foi incrível. Nunca tinha passado por isso na minha carreira. Parabéns ao Peter, é um cara que acelera muito e merece tudo isso.” Diego Nunes
“Foi uma loucura, não imaginávamos que o Diego ia conseguir chegar. Ele fez um stint incrível. O safety-car nos prejudicou um pouco, estávamos oito segundos na frente e em segundo da geral. O pneu velho que deixamos por último era para queimar a gordura do começo, mas perdemos no começo essa diferença. Fomos para o último stint e o Diego acelerou demais, foi com muita emoção. Parabéns para todos da equipe.” Peter Ferter
“Estou muito feliz, meu primeiro Endurance, tenho de agradecer a eles dois pela oportunidade de estar correndo com eles. Confesso que eu aprendi mais com o Danilo do que o que aprendi sozinha o ano inteiro. Tenho muito a agradecer a eles por me dar essa chance. E agora é se concentrar no ano que vem. Última corrida, aproveitei bastante o carro, e espero no ano que vem ter os mesmos resultados que obtive neste ano.” Antonella Bassani
“Tive de representar, não é? Porque campeão da rookie na Sprint, campeão da Challenge na Endurance. Sobrou para mim representar. Mas foi muito legal fazer esse trio. Mesmo nos piores momentos deu tudo certo. Tivemos problemas, mas deu segundo na geral.” Danilo Dirani
“Tenho o maior prazer. Que venham mais vitórias. É só notícia boa. Vamos para cima. Tem mais pódio nessa última etapa. Foi um ano bom demais.” Célio Brasil
“Só de estar andando é uma realização, não esperava estar na pista. É uma oportunidade imensa de andar com o Edu e foi um ótimo ano. Das três etapas nós ganhamos duas e terminamos a outra em segundo. É muito bom ver, que nós como dupla, mesmo não sendo profissionais e correndo contra tantos profissionais nós conseguimos o título. Agradeço também ao Caio por ter topado esse desafio e ajudado a gente a conquistar o campeonato.” Renan Pizii
“Foi muito bom, primeiramente pela parceria com o Renan. Ele me fez muito bem e fez com que eu andasse próximo dele. Então, isso fez a diferença para mim, andar com um cara mais rápido e evoluir a cada corrida. Por ter garantido duas vitórias, conseguimos nosso objetivo. O Caio fez a diferença também aqui hoje junto com toda a equipe.” Edu Guedes
“Foi uma prova muito dura, o calor estava castigando todo mundo. Sai do carro antes do último stint e estou suando até agora. Foi uma corrida muito legal, o Edu e o Renan andaram muito bem e lideramos boa parte da prova. Ficamos em oitavo na geral, estávamos competitivos e estou feliz em ajudar eles a garantir o campeonato, os dois andaram muito bem ao longo do ano, venceram duas corridas. Feliz também com meu desempenho, consegui andar rápido nos dois stints e agora vou comemorar com eles um pouco.” Caio Collet
“A minha temporada dos sonhos não teve um final feliz. Não consegui fechar o ano com chave de ouro, sofri um acidente forte na quinta, não treinamos nenhuma vez e conseguimos um bom quali na sexta, classificando dentro do top10. Largamos com as pastilhas invertidas, é um erro que foge do nosso controle. Fiz meu stint inteiro assim e o Dudu fez boa parte do dele também. Um furo de pneu foi o que fez perceberem que estava com problema nas pastilhas, mesmo o Dudu insistindo nisso no rádio. Acho que a gente terminou o campeonato no top3, a temporada dos sonhos não terminou do jeito que queria, mas tenho que agradecer ao pessoal da Mahrte que proporcionou a experiência de correr em dupla com meu irmão e dividindo a pista com meu pai. Agradeço também ao excepcional trabalho do Bochecha, agradeço também aos nossos mecânicos, os erros fazem parte e infelizmente não terminou como gostaríamos.” Fefo Barrichello
“Eu, meu pai e meu irmão ganhamos e perdemos como um time. Na quinta-feira, quatro voltas depois de começar o treino o Fefo bateu muito forte, chegou a dar PT no carro e graças a Deus ele saiu só com algumas dores. Não consegui treinar nenhuma vez, os mecânicos da Porsche fizeram um ótimo trabalho reconstruindo o carro para o quali, tiveram que recuperar todo o monocoque do carro e recebemos ele 30 minutos antes da classificação, tivemos duas voltas antes de classificar para os 500km. Sem andar ficou muito complicado de disputar, ainda sim conseguimos largar em 11º. O Fefo fez um ótimo trabalho, voltar ao carro logo depois de uma batida muito forte é complicadíssimo, ele carregou a dupla na classificação.
Erramos para a corrida, digo nós como um todo e ganhamos e perdemos juntos. A pastilha foi montada do lado errado, pegando ferro com ferro e isso nos tirava bons segundos na corrida. Agradeço ao pessoal da Mahrte e da Porsche pelo apoio e pela oportunidade. Foi um sonho dividir o carro com meu irmão, infelizmente o campeonato não acabou como gostaríamos, mas vamos para frente.” Dudu Barrichello