Balanço Sprint Series 2022: Um ano de estreias e novos desafios
A temporada de corridas curtas da Porsche Cup Brasil em 2022 recebeu a bandeira quadriculada em grande estilo. Novamente sendo a preliminar do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a Porsche Cup coroou nada menos do que 4 dos seus 6 campeões no principal traçado do Brasil.
Em ano de estreia da nova geração dos carros de competição mais produzidos do planeta, os novíssimos “992”.
Sobre os desafios do carro novo e de fazer a primeira temporada depois de dois anos com restrições por conta da pandemia, Dener Pires comentou:
“Tivemos vários desafios. Aprender a lidar com o carro, tivemos alguns problemas com os sensores dos freios ABS. Precisamos, inclusive, em uma determinada corrida, correr sem o sistema para prezar pela segurança e pela igualdade em todos os carros. E os pilotos foram excepcionais. Todo mundo entendeu e logo depois a gente superou esse problema. A Michelin foi espetacular também, porque a gente sabe que foi um grande problema ter uma grande quantidade de pneus aqui à disposição. E assim foram todos os desafios. E chegamos aqui no GP de Fórmula 1, em um evento que ficou maior e em que nossa participação também aumentou, com mais convidados. E mais uma vez com o campeonato se encerrando na etapa, na última prova do domingo. Não poderia ser melhor, no ponto de vista do sucesso e do desafio. Estou muito feliz”
Outro ponto positivo no ano da Porsche Cup foi o crescimento da carteira de patrocinadores da categoria, com uma engrenagem azeitada, novos parceiros chegaram ao longo do ano, agregando ainda mais ao evento.
“É a história do ovo e da galinha. É uma consequência que nos proporcionou chegar lá. A gente tem que fazer, entregar e depois colher os frutos. Não é uma situação de agora, não é de hoje. É um trabalho de toda a equipe, de todo o campeonato, que vem sendo feito há um bom tempo. E quando eu falo que a gente tem essa carteira de patrocinadores, é lógico que é um grande mérito da equipe de marketing. Mas também da equipe de mecânicos, de engenheiros. Sem eles, a gente não tem o campeonato. É um grande mérito da equipe que monta o evento. Então, eu digo o seguinte: qualquer resultado positivo da Porsche Cup é um reflexo do que cada um faz aqui dentro. Desde toda a parte de imprensa e divulgação, passando pela televisão, que é um fator muito importante. É uma engrenagem que tem que se movimentar com sincronia e crescimento, e a gente tem conseguido chegar lá. Eu tenho muito orgulho da equipe.”
Depois de dois anos a categoria voltou a fazer sua já tradicional jornada internacional. O palco da vez foi o espetacular traçado argentino de Termas de Río Hondo, que já havia recebido a categoria.
As corridas em Termas foram elogiadas por todos, pilotos titulares, pilotos convidados, coaches e organização, sobre a etapa internacional.
“O primeiro é o desafio logístico. Levamos nove caminhões-cegonha, 80 e poucos carros, 12 caminhões-baú com nosso equipamento. A Sada, que é uma empresa tradicional aqui no Brasil de transporte de carros, nos ajudou muito com isso, nossa equipe de logística também. A Braspress também foi um baita parceiro nessa iniciativa. E depois chegar em Termas de Río Hondo, uma pista espetacular, que recebe a MotoGP, elogiada por vários pilotos. Já tínhamos ido lá no passado. E foi um show, né? Vimos filas de quatro carros disputando posição nas últimas voltas das corridas de sprint. Então, vale todo o esforço de atravessar a fronteira, de encarar as dificuldades logísticas. O show foi legal. Transmitimos as corridas ao vivo em rede nacional para a Argentina. Então, é uma forma também da gente mostrar para os nossos irmãos aqui que temos um campeonato internacional, de bom nível. Todo esse esforço vale muito a pena. Gosto muito da Argentina.”
Os campeões inéditos na temporada de 2022 mostram cada vez mais que a Porsche Cup Brasil faz um trabalho exemplar na preparação e equalização dos equipamentos. “O desafio da nossa equipe é deixar a decisão para os pilotos. E parece que é mais simples, porque a gente não tem de buscar tanto o limite, mas sim a igualdade dos equipamentos. E este é um limite que está muito acima do que apenas buscar um ótimo carro. E ainda temos uma ferramenta que comprova isso. Nossa equipe de engenharia e de mecânicos trabalhou de forma insana para equalizar os carros e mostrar os resultados. Uma classificação que me marcou muito foi a da Endurance em Goiânia, onde a gente tem diversos tipos de pilotos, de vários campeonatos. E você tem 20 carros dentro de meio segundo. Uma diferença que não é nada.”
Já pensando no futuro, Dener Pires projeta ainda mais disputa em 2023, com novos projetos esportivos para a Porsche Cup, o organizador do campeonato espera ter ainda mais emoções na próxima temporada.
“Estamos trabalhando em algumas mudanças na parte esportiva para deixar a corrida ainda mais emocionante. Apesar de que, quando você olha as corridas deste fim de semana em Interlagos, você não espera nada mais emocionante. Mas acho que a gente ainda vai ter mais alguns pequenos ingredientes. É cedo para dizer agora, mas é melhorar, é lapidar tudo o que a gente vem fazendo. Vamos continuar fazendo nossas etapas internacionais, ampliar a experiência para nossos clientes, patrocinadores e para as pessoas que vêm assistir. E principalmente para os fãs da marca Porsche, que eu sou um deles. Tudo isso começou porque eu sou um fã da marca.”
O desafio segue ainda maior para 2023, novos pilotos e entrando no segundo ano com o “992” que deixa de ser uma novidade para a maioria dos pilotos e passa a ser conhecido do grid, o que possibilita ainda mais explorar as funções aerodinâmicas avançadas que o carro trouxe da Alemanha.
A temporada 2022 da Porsche Cup ainda tem seu último ato em Interlagos, no dia 3 de dezembro, quando encerra a temporada de Endurance com os 500km e coroa seus últimos campeões do ano, além de definir os grandes vencedores Overall da temporada.