Campeão da Porsche Light, Tom Filho comemora seu primeiro título
O Porsche GT3 Cup Challenge já tem seu primeiro campeão de 2013. O terceiro lugar foi mais do que suficiente para o paulista Tom Filho comemorar o título da temporada inicial da Porsche Light, encerrada no sábado passado (19/10) no Velo Cittá, em Mogi Guaçu. A celebração teve banho de champanhe (“o mais legal da minha vida!”), voltas rápidas dando caronas para integrantes da equipe e o oferecimento do título à esposa, Carol, e ao filho, Enzo.
Criada neste ano para servir como categoria de acesso e de menor custo para pilotos iniciantes ou afastados das competições, a Porsche Light teve oito corridas disputadas. Nela, dois pilotos dividem a condução do carro: cada um faz uma prova da rodada dupla e conta pontos em separado. Uma categoria feita sob medida para pilotos como Tom, cuja experiência nas pistas vinha de track days promovidos pelo Porsche Club do Brasil para os proprietários de carros de rua da marca.
“Quando a Light foi criada, no final do primeiro semestre, eu achava que não iria andar nem entre os quatro primeiros”, afirma o campeão. “Ganhei a primeira prova, em Interlagos, e isso foi uma surpresa para mim.” Depois, Tom venceu outras duas corridas em Curitiba e chegou à última etapa, no Velo Città, em plenas condições de ser campeão. O catarinense James Ramos precisava vencer a prova para igualar-se a Tom na pontuação. Nesse caso, o paulista precisaria apenas ser considerado classificado (completar 75% da distância do vencedor, mesmo sem receber a bandeirada) para ser campeão pelo critério de desempate.
“Parecia fácil, mas a verdade é que antes da corrida eu estava nervoso, apreensivo mesmo. A largada me preocupava muito. Mas depois relaxei. Acabou sendo uma delícia: pulei de quarto para segundo e fiquei atrás do James. Depois, o Rodrigo (Mello) chegou muito rápido em mim e deixei passar. Eu não precisava brigar, apenas terminar”, recorda. Tom afirma que seus pilotos orientadores foram fundamentais na conquista do título: “Devo ao Betinho (Alberto Valério, ex-piloto de F3 e GP2) muito do que sei. Tive também o Wellington Cirino (campeão de F-Truck), o André Bragantini (campeão nacional em categorias de Turismo) e, nesta última corrida, o Giuliano Losacco (bicampeão de Stock Car). Todos foram importantes nesta conquista. Para pilotos com pouca experiência, como é o caso da maioria dos que correm na Light, a presença de um piloto orientador é essencial”.
Modesto, Tom acredita que a Light poderia ter outro resultado se o campeonato tivesse mais uma ou duas corridas. “O James não é light, é hard! É rápido e não erra nunca”, diz. O campeão aponta Tiozinho Marangoni, com quem dividiu o carro na etapa inaugural da Light, como outro campeão em potencial. Marangoni venceu a única corrida da qual participou, em Interlagos, e classificou-se com um tempo que lhe daria o quarto lugar no grid da Challenge – nessa primeira corrida, os carros das duas classes ainda tinham as mesmas especificações técnicas. “Tenho certeza de que o Marangoni seria o campeão se tivesse participado das outras corridas”, assegura.
Para 2014, Tom pretende continuar na Porsche Light. “Quero tentar ser campeão de novo. Ainda me faltam maturidade e técnica para encarar uma classe mais potente. Percebi isso claramente assistindo a segunda corrida da Challenge no Velo Città, quando meu carro foi pilotado pelo Peter Ficker. Os quatro ou cinco primeiros colocados da Challenge andaram juntos, sem errar, durante os 25 minutos de prova. Ainda não tenho condições técnicas para fazer isso”, afirma Tom, referindo-se a Rodolfo Ometto, Franco Giaffone, Eduardo Azevedo, Otávio Mesquita e Carlos Ambrósio, que terminaram nesta ordem. “Não me vejo correndo em outro lugar. O trabalho da equipe do Dener (Pires, diretor do Porsche GT3 Cup Challenge) é campeão. Não existe comparação com nenhuma outra categoria. Aqui, basta sentar no carro e pilotar. Todos são fantásticos no que fazem e trabalham muito por nós”, finaliza.